Alguém disse, não se sabe quem, em uma data não muito importante históricamente, que todos somos iguais. É claro que quem quer que tenha dito isso, não mediu as consequências do que estava falando. Enfim, a moda pegou, e o lema de que "somos todos iguais" está escrito por aí, nas bíblias, constituições, livros de auto-ajuda, pixado nos muros, e nos é esfregado na cara todos os dias, por propagandas da TV, jornais, políticos, apresentadores. Não que quem disse isso estava errado, todos (ou quase todos) temos duas pernas e dois braços, um par de olhos e outro par de orelhas, boca nariz, a maioria dos nossos órgãos são iguais também, mas pra mim as semelhanças param por ai. A começar pelas nossas digitais que são consideradas a nossa "identidade", únicas e inigualáveis, jamais encontrado um par delas. Se no nosso próprio corpo há diferenças, imagine na mente, no caráter, no que pensamos mesmo, sendo que não nascemos com eles, mas adquirimos durante uma vida toda, vidas "diferentes". A sociedade ao mesmo tempo que condena o racismo e a diferenciação das classes, cria abismos cada vez maiores entre as pessoas. A moda massifica, a música massifica, a televisão massifica, a arte massifica. Tudo é feito para que possamos nos sentir "todos iguais", quase tudo. Nunca nos sentiremos iguais enquanto diferenciarmos cor, enquanto nos comparármos aos outros, em relação à bens, classe social, forma física. Nunca está bom, sempre queremos mais e porque? A maldita lei do "somos todos iguais" na qual nos fizeram acreditar, e que rege essa eterna e superficial busca pela igualdade. Não somos todos iguais, e nunca vamos ser. Devíamos agradecer por isso. Chega de revoltas e passeatas em prol da igualdade humana, acredite em mim (ou não) as diferenças são o que nos faz sobreviver à esse mundo. Chega desses infames e hipócritas buzinando nos nossos ouvidos dia e noite nos dizendo o que devemos ser ou não. Chega. E VIVA AS DIFERENÇAS.
Não conte os erros de acentuação, a concentração não tá boa.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
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