eu não sei o que é mais difícil, sair de casa, ou voltar pra ela; mas eu sei que é mais fácil dar um passo pra frente do que um pra trás (mesmo que esse valha tanto quanto dois pra frente). É mais fácil deixar amigos de anos com os quais você tenha discutido essa dura realidade da separação, do que amigos novos com o qual eu tive pouca, mas intensa convivência, e com os quais eu esperava conviver por muito mais tempo. O que dificulta tudo na realidade, é o amor. O amor pelos amigos (novos e velhos), pela cidade, pela família, pelo mar, pelo frio, o amor se encontra nas duas faces de uma mesma moeda, e eu tenho que escolher um lado só. O que machuca e me faz chorar é saber que apesar da minha intensa felicidade aqui, voltar é o melhor caminho, e que querendo ou não, não serei triste lá também, longe de mim pensar isso, serei tão feliz quanto aqui. É que aqui foi uma nova realidade, uma nova vida, com a qual eu me acostumei com imensa facilidade, e da qual é difícil me desprender. O bom nisso tudo, é que agora tenho amigos em duas cidades, tenho pra onde ir e vir sem me sentir sozinha jamais, tenho quem visitar e por quem ser visitada, vou ter com quem conversar e chingar pelo msn, quem amar e odiar a distância, pra quem ligar nas horas difícei, e com quem sair nas fáceis. O melhor de tudo é que vou ter um emprego, uma ocupação pra essa mente pensante, e dinheiro no banco no final do mês. E a, claro, tem o colo da mãe que é sempre bem-vindo, tem a ótima companhia que dorme nos filmes e que odeia as minhas músicas, tenho quem cozinhe pra mim e pra quem cozinhar, tenho com quem brigar e reclamar, e se em São Bento não der certo dessa vez, eu tenho pra onde ir sem medo de me sentir sozinha.
Afinal, eu to reclamando do que mesmo?
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
sábado, 25 de agosto de 2007
Fragmentos
Nada que existe escapa à transfiguração, não saberei que existi daqui a poucos anos.
Fez-se muitas perguntas mas nunca pode responder: parava para sentir.
A tragédia moderna é a procura vã de adaptação do homem ao estado de coisas que ele criou.
eu me sinto tão dentro do mundo que me parece não estar pensando, mas usando de uma nova modalidade de respirar
não é o grau que separa a inteligência do gênio, mas a qualidade
Medo de não amar, maior que o medo de não ser amado.
Que façam harpas de meus nervos quando eu morrer.
... a vida sempre nos deixa intocados.
conto apenas o que vi, não o que vejo (não sei repetir)
Lalande - lágrimas de anjo. É o mar, que nenhumm olhar ainda viu.
a beleza das palavras, natureza abstrata de Deus
Se amar um marinheiro terei amado o mundo inteiro.
essa tristeza leve é a constatação de viver
Meu filho crescerá de minha força e me esmagará com sua vida
posso parir um filho e nada sei
compreende a vida porque não é suficientemente inteligente para não compreendê-la
- Bom é viver. Mau é...
Mau é não viver...
- Morrer?
- Não, não. Mau é não viver... morrer é diferente do bom e do mal
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.
Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que digo.
Fez-se muitas perguntas mas nunca pode responder: parava para sentir.
A tragédia moderna é a procura vã de adaptação do homem ao estado de coisas que ele criou.
eu me sinto tão dentro do mundo que me parece não estar pensando, mas usando de uma nova modalidade de respirar
não é o grau que separa a inteligência do gênio, mas a qualidade
Medo de não amar, maior que o medo de não ser amado.
Que façam harpas de meus nervos quando eu morrer.
... a vida sempre nos deixa intocados.
conto apenas o que vi, não o que vejo (não sei repetir)
Lalande - lágrimas de anjo. É o mar, que nenhumm olhar ainda viu.
a beleza das palavras, natureza abstrata de Deus
Se amar um marinheiro terei amado o mundo inteiro.
essa tristeza leve é a constatação de viver
Meu filho crescerá de minha força e me esmagará com sua vida
posso parir um filho e nada sei
compreende a vida porque não é suficientemente inteligente para não compreendê-la
- Bom é viver. Mau é...
Mau é não viver...
- Morrer?
- Não, não. Mau é não viver... morrer é diferente do bom e do mal
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.
Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que digo.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Os Informantes
Uma coisa que estou aprendendo, é não esperar demais das pessoas. Quando faço isso sempre fico desapontada. E na verdade, não é preciso sentir isso. É claro que ainda cometo muitos erros, mas estou aprendendo. 'Ah' você deve estar pensando, 'Aposto que ela está se referindo a mim'. Bem talvez você esteja certo.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
none
Eternamente apaixonada pelo mesmo tipo errado e previsível. Normalmente paixões não correspondidas que são levadas embora junto com o vento que guia os patos pro sul. Embora não queira admitir, essas paixões são facetas que cria para encobrir um antigo e único amor obviamente não correspondido, que ainda arde e machuca no peito, do qual ela quer se livrar mas não consegue. Acho que talvez seja pela comodidade de não ser amada, de não ter que agradar.De amar sozinha, sem compromisso. Passar as tardes de outono sozinha em meio ao pó e ao barulho da cidade que gira em torno dela. O mundo não para, nem por um segundo. Nem mesmo quando a cabeça dela doía tanto que parecia que ia explodir. Nem mesmo quando ela encontrou alguém com quem conversar sobre seus livros favoritos.
Esquecer ou resolver o passado, ainda que curto, não é tão simples quanto deveria ser. Assim como não é fácil esquecer de alguém que já te esqueceu, ou gostar de quem gosta de você. O problema é que a vida é nos dada de graça e sem manual de instruções. Podemos quebrar o "aparelho" inúmeras vezes antes de conseguirmos fazê-lo funcionar.
PS: eu sei que tempo e pessoa estão errados e em cosntante mudança, mas enfim.
Esquecer ou resolver o passado, ainda que curto, não é tão simples quanto deveria ser. Assim como não é fácil esquecer de alguém que já te esqueceu, ou gostar de quem gosta de você. O problema é que a vida é nos dada de graça e sem manual de instruções. Podemos quebrar o "aparelho" inúmeras vezes antes de conseguirmos fazê-lo funcionar.
PS: eu sei que tempo e pessoa estão errados e em cosntante mudança, mas enfim.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
sobre o amor
"... Acho que penso em amor mais do que deveria. Sempre me surpreende o seu poder de alterar e definir nossas vidas. Foi Shakespeare também que disse: “O amor é cego”. Agora eu sei que isso é verdade. Para algumas pessoas o amor desaparece inexplicavelmente, para outras o amor está simplesmente perdido, mas é claro que o amor também pode ser encontrado, mesmo que só por uma noite. Há também outro tipo de amor, o tipo mais cruel. Aquele que quase mata suas vítimas, chama-se amor não-correspondido. E, nesse, sou especialista. Na maioria das histórias de amor, um se apaixona pelo outro. Mas e quanto ao resto? E as nossas histórias? Daqueles que se apaixonam sozinhos. Somos vítimas do amor que não é recíproco, amaldiçoados pelos amados, mal-amados. Feridos sem prioridade. Deficientes sem o melhor lugar no estacionamento. Eu sou uma dessas pessoas."
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