eu não sei o que é mais difícil, sair de casa, ou voltar pra ela; mas eu sei que é mais fácil dar um passo pra frente do que um pra trás (mesmo que esse valha tanto quanto dois pra frente). É mais fácil deixar amigos de anos com os quais você tenha discutido essa dura realidade da separação, do que amigos novos com o qual eu tive pouca, mas intensa convivência, e com os quais eu esperava conviver por muito mais tempo. O que dificulta tudo na realidade, é o amor. O amor pelos amigos (novos e velhos), pela cidade, pela família, pelo mar, pelo frio, o amor se encontra nas duas faces de uma mesma moeda, e eu tenho que escolher um lado só. O que machuca e me faz chorar é saber que apesar da minha intensa felicidade aqui, voltar é o melhor caminho, e que querendo ou não, não serei triste lá também, longe de mim pensar isso, serei tão feliz quanto aqui. É que aqui foi uma nova realidade, uma nova vida, com a qual eu me acostumei com imensa facilidade, e da qual é difícil me desprender. O bom nisso tudo, é que agora tenho amigos em duas cidades, tenho pra onde ir e vir sem me sentir sozinha jamais, tenho quem visitar e por quem ser visitada, vou ter com quem conversar e chingar pelo msn, quem amar e odiar a distância, pra quem ligar nas horas difícei, e com quem sair nas fáceis. O melhor de tudo é que vou ter um emprego, uma ocupação pra essa mente pensante, e dinheiro no banco no final do mês. E a, claro, tem o colo da mãe que é sempre bem-vindo, tem a ótima companhia que dorme nos filmes e que odeia as minhas músicas, tenho quem cozinhe pra mim e pra quem cozinhar, tenho com quem brigar e reclamar, e se em São Bento não der certo dessa vez, eu tenho pra onde ir sem medo de me sentir sozinha.
Afinal, eu to reclamando do que mesmo?
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
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